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Arritmias Cardíacas: quando suspeitar e como investigar?
As arritmias cardíacas são causa comum de sintomas inespecíficos, mas também podem ser a primeira manifestação de condições estruturais ou genéticas graves. Reconhecer os sinais precocemente pode fazer a diferença entre um sintoma benigno e um risco iminente.
O que são?
Arritmias cardíacas são alterações na formação ou condução do impulso elétrico do coração, que resultam em bradicardia, taquicardia ou ritmo irregular.
Nem toda arritmia é grave, mas toda arritmia merece atenção.
Causas comuns
• Cardiopatias estruturais (isquêmica, valvar, miocardiopatias)
• Canalopatias genéticas (Brugada, QT longo, CPVT)
• Distúrbios eletrolíticos (hipocalemia, hipomagnesemia)
• Uso de drogas ou substâncias (álcool, estimulantes, antiarrítmicos)
• Disfunções hormonais (tireoidopatias)
• Casos idiopáticos também são possíveis
Sintomas que devem acender o alerta
• Palpitações de início súbito ou persistentes
• Tontura, síncope ou pré-síncope
• Dor torácica atípica
• Dispneia sem causa evidente
• Sudorese ou mal-estar súbito, especialmente em jovens e atletas
Sinais clínicos de risco
• História familiar de morte súbita
• Síncope durante esforço
• Alterações eletrocardiográficas:
- QT prolongado
- Padrão de pré-excitação
- BRE ou BRD incomuns
• Taquiarritmias sustentadas ou mal toleradas hemodinamicamente
Investigação inicial
ECG de repouso
Holter 24h ou monitor de eventos
Teste ergométrico (quando seguro)
Exames laboratoriais (eletrólitos, função tireoidiana)
Ecocardiograma transtorácico
Encaminhamento para estratificação avançada (CPET, RM, estudo eletrofisiológico, genética)
Diagnóstico precoce salva vidas
Arritmias podem ser a porta de entrada para o diagnóstico de doenças genéticas, como cardiomiopatias familiares e canalopatias, exigindo abordagem integrada com genética clínica e rastreamento familiar.
No Cardiogen | InCor – HC-FMUSP, trabalhamos com a intersecção entre cardiologia clínica, genética e medicina de precisão.